sexta-feira, 25 de março de 2011

O FIM DA ESCRAVIDÃO

  • Porque os ingleses passaram a defender o fim da escravidão no Brasil?
R: Certamente não apenas a pressão da opinião pública ou razões puramente humanitárias. Como o próprio Canning mencionava em seus despachos, havia importantes interesses econômicos. A proibição inglesa do tráfico de escravos para suas colônias nas Antilhas, produtoras de açúcar, ocasionou a diminuição da mão-de-obra e, conseqüentemente, o encarecimento do açúcar ali produzido. O açúcar do Brasil, beneficiado pela manutenção do tráfico e pelo uso da mão-de-obra escrava, obteria preços mais baixos no comércio internacional e as colônias inglesas seriam prejudicadas. 




  • Relacione a Lei de terras(1850) ao fortalecimento dos Latifúndios.
R: A lei de terras determinava que a partir de 1850, nimguêm mais poderia assumir a posse de terras desocupadas, ao mesmo tempo, legitimava a posse de terras desocupadas antes. Os beneficiados por essa lei foram os grandes proprietarios de terras (latifundiários), que a receberam em doação do Estado ou como herança de seu antepassados. A lei de terras de 1850 manteve a tradição do latifundio criado no periodo colonial, contribuindo para que a concentração de terras sob a posse de poucos proprietarios continuasse a existir até hoje.
  • Descreva a participação dos negros na luta pela abolição
R: Os principais motivos que levavam os escravos a fugir dos canaviais, minas e cafezais brasileiros eram o excesso de trabalho (labutavam de 14 a 16 horas por dia, vigiados de perto por um feitor que não admitia distração); os castigos corporais (quando, por exemplo, um escravo se distraía no trabalho, era amarrado ao tronco de uma árvore e açoitado, às vezes, até perder os sentidos); a falta de alimentação adequada (recebiam pouca comida e, no máximo, duas vezes ao dia). Com isso iniciou-se o movimento abolicionista até que, em 13 de Maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que declarava a escravidão extinta no Brasil. Comentando a Lei Áurea, um estudioso afirmou que essa lei “libertou o branco do pesado fardo da escravidão”. O integralista Abdias do Nascimento, um dos maiores líderes negros da atualidade, explica a frase acima: "(...) teoricamente livre, mas praticamente impedido de trabalhar, já que o imigrante europeu tinha a preferência dos empregadores, o negro continuou escravo do desemprego, do crime e principalmente da fome”. 

  • Preencha o quadro a seguir:
LEI
O que estabelecia
Ano
Bill Aberdeen
ela proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
    1845
Eusébio de Queirós
ela proibia o tráfico interatlantico de escravos
    1850
Lei Rio Branco
Apartir dessa data os filhos de escravos nascidos eram considerados livres.
    1871
Lei Saraiva-Cotegipe
Ela garantia a liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
    1885
Lei Áurea
Ela determinou a libertação imediata dos escravos.
    1888

  • Que fatores contribuíram para o Brasil começar a receber imigrantes em grandes levas a partir do final dos século XIX
R: Os grandes portugueses fazendeiros e empresários estava falidos em Portugual, então se deslocaram para o Brasil em busca de uma vida melhor. Dedicaram-se principalmente a agricultura, baseada no trabalho escravo que no começo era efetuado por indígenas, mas sobre tudo por escravos africanos. O ouro também cresceu o interesse deles em Minas Gerais, junto com o comércio.
    • Relacione o fim da escravidão com o processo de integração do negro a sociedade brasileira. 
    R: A Lei Áurea, em 1888, foi um documento que representou a libertação formal do escravo, mas não garantiu a sua incorporação como cidadão pleno à sociedade brasileira. A abolição da escravidão, apesar de garantir a liberdade, não alterou em nada as condições socioeconômicas dos ex-escravos, que continuaram a viver, de forma generalizada, na pobreza, sem escolaridade e sofrendo com a discriminação. Não impediu também que a super exploração de mão-de-obra em regime de escravidão e o tráfico de pessoas continuassem existindo até os dias atuais. O ex-escravo engrossou as camadas de marginalizados da sociedade. Não possuíam qualificação profissional e não houve um projeto de reintegração do negro ao novo mercado. Expulsos das fazendas, eles acabaram na periferia das cidades, criando as primeiras favelas brasileiras, vivendo de pequenos e casuais trabalhos, normalmente braçais. A escravidão deixou profundas marcas na sociedade brasileira: a sobrevivência do racismo e de outras formas de discriminação racial e social; a concentração de índios, negros e mestiços nas camadas mais pobres da população; a persistência da situação de marginalização em que vive a maioria dos indivíduos dessas etnias; as dificuldades de integração e de inclusão à sociedade nacional e os irrisórios níveis de renda, escolaridade e saúde predominantes entre a maioria da população. A escravidão, portanto, pode ser considerada peça fundamental na compreensão dos problemas demográficos, culturais e socioeconômicos ainda existentes no país.



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