quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sírios e Libaneses


ALDEIA DEFINE OS LAÇOS BÁSICOS DE LEALDADE.

Sírios e libanês
Os povos de língua e cultura árabes apresentam grande diversidade. A maioria professa a religião muçulmana – o islamismo – e por isso muçulmano é muitas vezes tomado como sinônimo que não são árabes. Existem, porém, muçulmanos que não são árabes – turcos e iranianos, por exemplo. E há árabes que não são muçulmanos: cerca de 20% da população atual da síria e 45% da população do Líbano é cristã.
Os árabes que migraram para o Brasil eram em sua maioria sírios e libaneses, e predominantemente, Cristões – maronitas, ortodoxos, mesquitas, entre outros.
Quando vieram comerciantes sírios e libaneses trabalharam em Minas gerais, Mato grosso e Goiás durante o século 18, no período da mineração. O principal fluxo migratório, porém, começou por volta de 1870. A maior colônia formou-se em são Paulo. No rio de janeiro e em minas gerais, fixaram-se também contingentes expressivos.
Em que contexto
O império Otomano durou seis séculos, até fim da primeira guerra mundial (1918), quando Istambul , sua capital, foi invadida por forças anglo-francesa. Os Otomanos tinham se aliado á Alemanha, derrotada na guerra.
Turcos
Sírios e libaneses dos primeiros contingentes migratórios eram considerados turcos, embora a imigração turca no Brasil tenha sido quase nula. É que eles vinham com passaportes turcos, do império Otomano.
Sírios queriam ser chamados de sírios e libaneses de libaneses. Mas o restante da sociedade não dispunha de nenhum elemento para distingui-los. Ao contrário, para esta, a mesma língua nativa, a dedicação ao comércio e mesmo os pratos tão logo incorporados á cozinha local eram elementos comuns que mais os aproximavam do que os distinguiam, diz Oswaldo truzzi no livro de mascates e doutores: sírios e libaneses em são Paulo.
Perfil
Em um perfil dos primeiros imigrantes que vieram para o Brasil, traçados por truzzi, ‘’existe um sentido precário de identidade nacional, compensado, porém por uma forte identidade religiosa e regional. Os imigrantes cristãos pertenciam a inúmeras ramificações, competitivas entre si (seitas maronitas, ortodoxas, malquitas e outras menos expressivas). Esse perfil de identidade mais definido em relação á ‘’aldeia’’ se mantém ainda hoje.
Reis do comércio
A  marca registrada da imigração de sírios e libaneses é a vocação comercial. Embora a maioria dos imigrantes viessem de aldeias onde eram agricultores, não se fixaram na agricultura. Estavam determinados a ganhar dinheiro o mais rápido possível e recomeçar suas vidas em suas terras de origem. A maioria adotou a atividade de vendedor ambulante, que vendia de tudo de porta em porta, depois conseguiam montar suas próprias lojas e tocar seu próprio negocio.
Gastronomia
Muitos pratos da cozinha que passou a ser conhecida, pelas semelhanças, como sírio-libanesa, tornaram-se habituais na mesa brasileira.
Ascensão social
O investimento das famílias em educação assegurou a descendentes posições de destaque, particularmente, nas profissões liberais.
Sírios e libaneses se destacaram também nas Letras e Artes, como o filólogo Antônio Houaiss; o governador do Ceará, Tasso Jereissati; o governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, entre outos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

LIBERDADE DOS NEGROS!

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.
No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.
A Carta de Alforria era um documento cedido a um escravo por seu proprietário. Era um tipo de “atestado” de liberdade em que o proprietário abdicava dos seus direitos de posse sobre o escravo. Este último, após a Alforria, era chamado “negro forro”.
O nome “Alforria” não era usado somente no Brasil, mas em todas as colônias portuguesas que adotaram o regime escravista. Ele vem do árabe, em que a expressão pronunciada como “Al Horria” quer dizer “A Liberdade”.
Existiram dois tipos de Carta de Alforria: as pagas e as gratuitas.
As cartas pagas geralmente eram feitas a prestação, por interesse dos proprietários. Assim, se o negro forro não pagasse uma prestação, voltava a condição de escravo. Outro meios utilizados para quitar a dívida eram pegar empréstimos (com amigo, familiares, instituições benfeitoras ou bancos), trabalhar por conta própria (geralmente vendendo na rua produtos que variavam entre bolos e doces, ou prestando serviços de barbeiro, carregador de peso, sapateiro, etc), pedir a um benfeitor que pagasse sua dívida em troca de um tempo determinado de trabalhos gratuitos ou os estranhos casos de troca, em que o escravo que recebia a alforria dava ao seu senhor um outro escravo para trabalhar em seu lugar.
As cartas gratuitas libertavam adultos e geralmente os reposicionavam como empregados do seu não mais proprietário. Deste modo, libertava-se um escravo e ganhava-se um trabalhador assalariado com uma carga horária diária pré definida. Também era comum a libertação de crianças e a promessa de educá-las e criá-las por partes do senhores. O momento histórico que registra a emissão de cartas de alforria gratuitas é importante porque mostra uma mudança de mentalidade na “alta sociedade” da época, depois da lei auria os negro não tiveram nenhum direito.

segunda-feira, 28 de março de 2011

CONFLITOS EM PAÍSES ÁRABES

Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal deles diz respeito ao território: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar. Outra questão diz respeito à cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico - talvez o preponderante: potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta. E ainda existe a questão política.
Após manifestações que derrubaram os presidentes do Egito e da Tunísia recentemente, os protestos chegaram a outros países árabes, como, Bahrein, Lêmen, Djibuti, Argélia e Líbia. Em alguns locais, os confrontos provocaram mortes.
A situação da Líbia é a mais crítica, pois o governo mantém forte controle sobre as comunicações. Foram cortados serviços de internet e energia elétrica em alguns pontos do país. A população da Líbia luta contra o líder Muamar Kadafi, que está no poder há mais de 40 anos. Acredita-se que mais de 230 pessoas tenham morrido durante o conflito e, em depoimento, um dos filhos de Kadafi, disse que se for necessário haverá banho de sangue. Além disso, cerca de 120 brasileiros aguardam autorização para saírem da Líbia.
Os protestos populares se espalham pelos países islâmicos do norte da África e do Oriente Médio, ameaçando regimes autoritários, governados por líderes que estão no poder há décadas. Vamos levantar um clamor a essas nações tão necessitadas da presença do nosso Deus. Suplicar ao Senhor que derrame misericórdia, justiça, libertação, amor e paz sobre esses povos tão sofridos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O FIM DA ESCRAVIDÃO

  • Porque os ingleses passaram a defender o fim da escravidão no Brasil?
R: Certamente não apenas a pressão da opinião pública ou razões puramente humanitárias. Como o próprio Canning mencionava em seus despachos, havia importantes interesses econômicos. A proibição inglesa do tráfico de escravos para suas colônias nas Antilhas, produtoras de açúcar, ocasionou a diminuição da mão-de-obra e, conseqüentemente, o encarecimento do açúcar ali produzido. O açúcar do Brasil, beneficiado pela manutenção do tráfico e pelo uso da mão-de-obra escrava, obteria preços mais baixos no comércio internacional e as colônias inglesas seriam prejudicadas. 




  • Relacione a Lei de terras(1850) ao fortalecimento dos Latifúndios.
R: A lei de terras determinava que a partir de 1850, nimguêm mais poderia assumir a posse de terras desocupadas, ao mesmo tempo, legitimava a posse de terras desocupadas antes. Os beneficiados por essa lei foram os grandes proprietarios de terras (latifundiários), que a receberam em doação do Estado ou como herança de seu antepassados. A lei de terras de 1850 manteve a tradição do latifundio criado no periodo colonial, contribuindo para que a concentração de terras sob a posse de poucos proprietarios continuasse a existir até hoje.
  • Descreva a participação dos negros na luta pela abolição
R: Os principais motivos que levavam os escravos a fugir dos canaviais, minas e cafezais brasileiros eram o excesso de trabalho (labutavam de 14 a 16 horas por dia, vigiados de perto por um feitor que não admitia distração); os castigos corporais (quando, por exemplo, um escravo se distraía no trabalho, era amarrado ao tronco de uma árvore e açoitado, às vezes, até perder os sentidos); a falta de alimentação adequada (recebiam pouca comida e, no máximo, duas vezes ao dia). Com isso iniciou-se o movimento abolicionista até que, em 13 de Maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que declarava a escravidão extinta no Brasil. Comentando a Lei Áurea, um estudioso afirmou que essa lei “libertou o branco do pesado fardo da escravidão”. O integralista Abdias do Nascimento, um dos maiores líderes negros da atualidade, explica a frase acima: "(...) teoricamente livre, mas praticamente impedido de trabalhar, já que o imigrante europeu tinha a preferência dos empregadores, o negro continuou escravo do desemprego, do crime e principalmente da fome”. 

  • Preencha o quadro a seguir:
LEI
O que estabelecia
Ano
Bill Aberdeen
ela proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
    1845
Eusébio de Queirós
ela proibia o tráfico interatlantico de escravos
    1850
Lei Rio Branco
Apartir dessa data os filhos de escravos nascidos eram considerados livres.
    1871
Lei Saraiva-Cotegipe
Ela garantia a liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
    1885
Lei Áurea
Ela determinou a libertação imediata dos escravos.
    1888

  • Que fatores contribuíram para o Brasil começar a receber imigrantes em grandes levas a partir do final dos século XIX
R: Os grandes portugueses fazendeiros e empresários estava falidos em Portugual, então se deslocaram para o Brasil em busca de uma vida melhor. Dedicaram-se principalmente a agricultura, baseada no trabalho escravo que no começo era efetuado por indígenas, mas sobre tudo por escravos africanos. O ouro também cresceu o interesse deles em Minas Gerais, junto com o comércio.
    • Relacione o fim da escravidão com o processo de integração do negro a sociedade brasileira. 
    R: A Lei Áurea, em 1888, foi um documento que representou a libertação formal do escravo, mas não garantiu a sua incorporação como cidadão pleno à sociedade brasileira. A abolição da escravidão, apesar de garantir a liberdade, não alterou em nada as condições socioeconômicas dos ex-escravos, que continuaram a viver, de forma generalizada, na pobreza, sem escolaridade e sofrendo com a discriminação. Não impediu também que a super exploração de mão-de-obra em regime de escravidão e o tráfico de pessoas continuassem existindo até os dias atuais. O ex-escravo engrossou as camadas de marginalizados da sociedade. Não possuíam qualificação profissional e não houve um projeto de reintegração do negro ao novo mercado. Expulsos das fazendas, eles acabaram na periferia das cidades, criando as primeiras favelas brasileiras, vivendo de pequenos e casuais trabalhos, normalmente braçais. A escravidão deixou profundas marcas na sociedade brasileira: a sobrevivência do racismo e de outras formas de discriminação racial e social; a concentração de índios, negros e mestiços nas camadas mais pobres da população; a persistência da situação de marginalização em que vive a maioria dos indivíduos dessas etnias; as dificuldades de integração e de inclusão à sociedade nacional e os irrisórios níveis de renda, escolaridade e saúde predominantes entre a maioria da população. A escravidão, portanto, pode ser considerada peça fundamental na compreensão dos problemas demográficos, culturais e socioeconômicos ainda existentes no país.