segunda-feira, 28 de março de 2011

CONFLITOS EM PAÍSES ÁRABES

Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal deles diz respeito ao território: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar. Outra questão diz respeito à cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se ainda mencionar o fator econômico - talvez o preponderante: potências capitalistas desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta. E ainda existe a questão política.
Após manifestações que derrubaram os presidentes do Egito e da Tunísia recentemente, os protestos chegaram a outros países árabes, como, Bahrein, Lêmen, Djibuti, Argélia e Líbia. Em alguns locais, os confrontos provocaram mortes.
A situação da Líbia é a mais crítica, pois o governo mantém forte controle sobre as comunicações. Foram cortados serviços de internet e energia elétrica em alguns pontos do país. A população da Líbia luta contra o líder Muamar Kadafi, que está no poder há mais de 40 anos. Acredita-se que mais de 230 pessoas tenham morrido durante o conflito e, em depoimento, um dos filhos de Kadafi, disse que se for necessário haverá banho de sangue. Além disso, cerca de 120 brasileiros aguardam autorização para saírem da Líbia.
Os protestos populares se espalham pelos países islâmicos do norte da África e do Oriente Médio, ameaçando regimes autoritários, governados por líderes que estão no poder há décadas. Vamos levantar um clamor a essas nações tão necessitadas da presença do nosso Deus. Suplicar ao Senhor que derrame misericórdia, justiça, libertação, amor e paz sobre esses povos tão sofridos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O FIM DA ESCRAVIDÃO

  • Porque os ingleses passaram a defender o fim da escravidão no Brasil?
R: Certamente não apenas a pressão da opinião pública ou razões puramente humanitárias. Como o próprio Canning mencionava em seus despachos, havia importantes interesses econômicos. A proibição inglesa do tráfico de escravos para suas colônias nas Antilhas, produtoras de açúcar, ocasionou a diminuição da mão-de-obra e, conseqüentemente, o encarecimento do açúcar ali produzido. O açúcar do Brasil, beneficiado pela manutenção do tráfico e pelo uso da mão-de-obra escrava, obteria preços mais baixos no comércio internacional e as colônias inglesas seriam prejudicadas. 




  • Relacione a Lei de terras(1850) ao fortalecimento dos Latifúndios.
R: A lei de terras determinava que a partir de 1850, nimguêm mais poderia assumir a posse de terras desocupadas, ao mesmo tempo, legitimava a posse de terras desocupadas antes. Os beneficiados por essa lei foram os grandes proprietarios de terras (latifundiários), que a receberam em doação do Estado ou como herança de seu antepassados. A lei de terras de 1850 manteve a tradição do latifundio criado no periodo colonial, contribuindo para que a concentração de terras sob a posse de poucos proprietarios continuasse a existir até hoje.
  • Descreva a participação dos negros na luta pela abolição
R: Os principais motivos que levavam os escravos a fugir dos canaviais, minas e cafezais brasileiros eram o excesso de trabalho (labutavam de 14 a 16 horas por dia, vigiados de perto por um feitor que não admitia distração); os castigos corporais (quando, por exemplo, um escravo se distraía no trabalho, era amarrado ao tronco de uma árvore e açoitado, às vezes, até perder os sentidos); a falta de alimentação adequada (recebiam pouca comida e, no máximo, duas vezes ao dia). Com isso iniciou-se o movimento abolicionista até que, em 13 de Maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que declarava a escravidão extinta no Brasil. Comentando a Lei Áurea, um estudioso afirmou que essa lei “libertou o branco do pesado fardo da escravidão”. O integralista Abdias do Nascimento, um dos maiores líderes negros da atualidade, explica a frase acima: "(...) teoricamente livre, mas praticamente impedido de trabalhar, já que o imigrante europeu tinha a preferência dos empregadores, o negro continuou escravo do desemprego, do crime e principalmente da fome”. 

  • Preencha o quadro a seguir:
LEI
O que estabelecia
Ano
Bill Aberdeen
ela proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
    1845
Eusébio de Queirós
ela proibia o tráfico interatlantico de escravos
    1850
Lei Rio Branco
Apartir dessa data os filhos de escravos nascidos eram considerados livres.
    1871
Lei Saraiva-Cotegipe
Ela garantia a liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.
    1885
Lei Áurea
Ela determinou a libertação imediata dos escravos.
    1888

  • Que fatores contribuíram para o Brasil começar a receber imigrantes em grandes levas a partir do final dos século XIX
R: Os grandes portugueses fazendeiros e empresários estava falidos em Portugual, então se deslocaram para o Brasil em busca de uma vida melhor. Dedicaram-se principalmente a agricultura, baseada no trabalho escravo que no começo era efetuado por indígenas, mas sobre tudo por escravos africanos. O ouro também cresceu o interesse deles em Minas Gerais, junto com o comércio.
    • Relacione o fim da escravidão com o processo de integração do negro a sociedade brasileira. 
    R: A Lei Áurea, em 1888, foi um documento que representou a libertação formal do escravo, mas não garantiu a sua incorporação como cidadão pleno à sociedade brasileira. A abolição da escravidão, apesar de garantir a liberdade, não alterou em nada as condições socioeconômicas dos ex-escravos, que continuaram a viver, de forma generalizada, na pobreza, sem escolaridade e sofrendo com a discriminação. Não impediu também que a super exploração de mão-de-obra em regime de escravidão e o tráfico de pessoas continuassem existindo até os dias atuais. O ex-escravo engrossou as camadas de marginalizados da sociedade. Não possuíam qualificação profissional e não houve um projeto de reintegração do negro ao novo mercado. Expulsos das fazendas, eles acabaram na periferia das cidades, criando as primeiras favelas brasileiras, vivendo de pequenos e casuais trabalhos, normalmente braçais. A escravidão deixou profundas marcas na sociedade brasileira: a sobrevivência do racismo e de outras formas de discriminação racial e social; a concentração de índios, negros e mestiços nas camadas mais pobres da população; a persistência da situação de marginalização em que vive a maioria dos indivíduos dessas etnias; as dificuldades de integração e de inclusão à sociedade nacional e os irrisórios níveis de renda, escolaridade e saúde predominantes entre a maioria da população. A escravidão, portanto, pode ser considerada peça fundamental na compreensão dos problemas demográficos, culturais e socioeconômicos ainda existentes no país.